Caminhadas em São Pedro da Serra: um motivo a mais para conhecer a vila

Mais de 10 roteiros de caminhadas têm São Pedro da Serra como base e ponto de partida

A maioria das pessoas conhece São Pedro da Serra como uma bela “cidadezinha” encravada num vale verde, no meio das montanhas. Um lugar cheio de bons restaurantes, bares animados com programação musical variada, lojinhas de artesanato. Sabem também que aqui tem uma pracinha toda gramada, onde as pessoas se espalham sobre toalhas e esteiras, como se vê em destinos europeus, para assistir algum showzinho, apreciar a paisagem ou “apenas” ver a vida passar mais devagar. Já ouviram falar de nossa bela capela, o primeiro templo católico de Nova Friburgo e região. E sabem também que a população “de raiz” é formada por colonos suíços e alemães que por aqui vieram ter lá na primeira metade do século XIX.

Mas quantos sabem que São Pedro da Serra é a mais bem estruturada base para caminhadas da Região Serrana? Poucos. E você será um deles, se continuar a ler…

São pelo menos 10 rotas.

E quando falamos pelo menos é por ser possível desdobrar (ainda mais) algumas delas, fazer outras de maneiras diferentes e por existirem outras caminhadas, algumas bem mais curtas e outras muito mais longas, que podem também serem feitas tendo a vila com suas pousadas, restaurantes e bares por base.

Confiram:

O ponto de partida de todos os roteiro é o mesmo, a pracinha rural mais charmosa do Brasil…

Caminhada em volta de São Pedro da Serra

1) Volta de São Pedro – São 5 quilômetros, é leve, com duas partes inclinadas (100 metros na subida do Estrela e 500 metros na subida para a praça) – O trajeto começa na praça, ou a partir da esquina da nossa rua com a rua principal da vila, passa pela capelinha, Largo do Estrela, Mata do Higino, Bambuzal, vira para pegar a estradinha de terra (Manoel Knupp), sai na estrada de asfalto que nos liga a Lumiar e retorna ao mesmo ponto. Esse trajeto tem um quilômetro de paralelepípedos na ida e um quilômetro de asfalto no trecho final. Há barzinhos no caminho para se reabastecer (Andar de Cima, Taberna dos Sinos, Mineirinho, Venda da Lúcia, Barzinho da Knup, o “Será Que Tem” no início do trecho de asfalto e os bares da praça, já de volta à vila)

Caminhada para a Bocaina dos Blaudts

2) Bocaina dos Blaudts – São 6 quilômetros, é leve, com duas partes inclinadas (100 metros na ida, na subida do Estrela, e 300 metros, na volta, na subida da mata do Higino) – O trajeto começa na praça, ou a partir da esquina da nossa rua com a rua principal da vila, segue passando pela capelinha, toda a rua principal, Largo do Estrela, Mata do Higino e segue reto, passa por dois “centrinhos” e chega ao pocinho da Bocaina, onde pode tomar um banho antes de voltar. Esse trajeto tem um quilômetro de paralelepípedo na ida e outro tanto na volta.

Caminhada para a Bocaina dos Mafort

3) Bocaina dos Mafort – São 4 quilômetros, pouca dificuldade (especialmente na ida, que tem alguma subida de pouca inclinação) – O trajeto começa na praça, ou a partir da esquina da nossa rua com a rua principal, segue até pouco antes da Ponte do Amor, onde há uma entrada para uma estradinha de chão, à direita. Passa o pocinho do Beninho, a oficina Matheus Car e segue até o fim do caminho, diante de um portão com colunas de pedra. Dali é dar meia volta e retornar, passar no Andar de Cima para refrescar com cerveja artesanal e voltar.

Benfica, no distrito de São Pedro da Serra, pode servir de acesso para quem prefere estradas de chão a passar pelo centro de Lumiar

Caminhada até Benfica

4) Alça de Benfica – São cerca de 10 km, sendo praticamente metade descendo e metade subindo, então pede algum preparo e/ou disposição – O trajeto começa na praça do Coreto, desce a estrada para Lumiar, passa pelo laguinho, continua descendo até o restaurante Casa Velha. Ali, basta entrar na estradinha de chão à direita e começar a subir até voltar a estrada Lumiar-São Pedro, num ponto que fica a meio caminho entre as duas vilas. O legal desse percurso, ao invés de apenas ir e voltar pela mesma estrada asfaltada, é andar por um trecho bem rural.

Caminhada para Boa Esperança de Baixo e de Cima

5) Rota das Esperanças – São cerca de 20km, sendo os sete primeiros em subida, que levam você para conhecer uma linda área da nossa região. Começa na praça do Coreto, pegando a ruazinha ao lado da loja Cacau da Serra. A partir daí é subir e subir. E subir mais um pouco (rs). Quando chegar ao Celeiro da Serra – um novo empreendimento rural que vale a pena conhecer e, nos fins de semana, parar petiscar e beber cerveja da Barão Bier – você deve ficar atento, a entrada mais próxima, à direita leva à Boa Esperança de Baixo. Ainda não é aí que você começa a descer. Precisa subir mais um pouquinho e, aí sim, pegar uma saída à direita e seguir até a vila de Boa Esperança de Cima. Há uma bica de água nessa estradinha. Fresquinha que só. Chegando à vila de Boa Esperança de Cima, você desce até Boa Esperança de Baixo, por estrada de asfalto mas com paisagem bem rural ainda, se banha no Poço Belo, recupera as forças e segue até o pé da estradinha de Lumiar e São Pedro da Serra para, por fim, subir os quatro quilômetros de volta à praça do Coreto;

Cachoeira São José (na foto), Cachoeira Indiana Jones e ainda o Poço Belo são opções refrescantes para quem fizer os roteiros por Boa Esperança

Caminhada para as cachoeiras

6) Duas cachoeiras – Primeiro desdobramento da “rota das esperanças”, esse roteiro, de 16km, faz tudo igual ao de número 5, até chegar em Boa Esperança de Cima. Aí, a proposta é ir até uma das duas cachoeiras (para a São José são mais 800 metros, para a Indiana Jones, mais 1km). Ou, se você tiver disposição, conhecer as duas. Depois de curtir bem o dia, é pegar o caminho de volta e sair na pracinha do coreto;

Caminhada até o Poço Belo

7) Poço Belo – Segundo desdobramento da “rota das esperanças”, esse roteiro de 14km faz tudo igual ao de número 5, mas, ao chegar ao Celeiro da Serra, você deve pegar a saída à direita para Boa Esperança de Baixo. Então, é só descer e descer por essa estradinha de chão até sair no asfalto. Nesse ponto, basta virar à esquerda para ir até o Poço Belo se banhar ou aproveitar os petiscos e cerveja gelada de um bar que fica no alto, com vista para o poço. Depois retornar, pegar novamente a estradinha de chão, sair no Celeiro da Serra e descer para São Pedro.

Caminhada de São Pedro a Santo Antônio

8) Dois Santos – Roteiro para quem quer casar (rs), tem 14km, ida e volta, com metade em subida, liga a vila de São Pedro da Serra (em Friburgo) à vila de Santo Antônio (em Bom Jardim). Partindo da praça do Coreto, é preciso percorrer a vila até o Largo do Estrela e, ali, pegar a estradinha de chão que começa ao lado do restaurante Refazenda. São quatro quilômetros de subida até a Tapera, uma área quase plana, no topo da montanha que separa Friburgo de Bom Jardim. Um pouco pra frente, vai haver uma bifurcação com placas indicando duas opções – virar à esquerda para Vargem Alta (veja o roteiro das flores aí abaixo) ou seguir em frente e começar a descer para Santo Antônio. São pouco mais de três quilômetros nessa estradinha linda, vendo a Pedra Aguda, verde e plantações. No meio do trajeto há dois atrativos: o Ponto de Cultura Rural à esquerda e o Rancho Debossan (um balneário pago, com piscina, sauna e bar) à direita. Seguindo até o pé da montanha você chega a Santo Antônio e escolhe: voltar ou dar uma esticada até a piscina natural do Neu. Se optar pela piscina, basta dobrar à direita, passar pelo campo de futebol e pegar um caminho à esquerda e subir. A área é rústica, tem piscina, laguinho, sauna e uma trilha que leva a duas ou três cachoeirinhas. Se optar por voltar, é só fazer tudo ao contrário que irá chegar à praça do Coreto;

As estufas de flores de Vargem Alta estão se tornando, a cada ano, mais atraentes para quem visita São Pedro da Serra e região

Caminhada para Vargem Alta

9) Rota das Flores – Roteiro longo, de 40km ida e volta, com opção de retorno de ônibus, para quem preferir. O caminho é o mesmo do roteiro 8, mas, ao chegar na Tapera, é pegar a estradinha para Vargem Alta ao invés de descer para Santo Antônio. Seguindo por essa estradinha você irá parar numa localidade que pertence ao distrito de São Pedro, mas tem vida completamente independente. Vargem Alta é um polo produtor de flores de corte. O maior do Estado do Rio. Ao longo do caminho, até chegar a uma estrada de asfalto, existem várias estufas de flores. Algumas delas permitem visita guiada, e tem até uma que oferece almoço (nos fins de semana e feriados). Chegando em Vargem Alta, novamente você terá uma escolha: voltar a pé pelo mesmo caminho por onde veio ou subir mais seis quilômetros pela estradinha de asfalto até a RJ-142 e esperar o ônibus para São Pedro da Serra. Se você tiver muita disposição, pode ainda, a partir de Vargem Alta pegar uma estradinha para o Colonial 61, sair nas Braunes e chegar ao Centro de Nova Friburgo. Um passeio de horas…

Caminhada até a Sibéria

10) Vá à Sibéria sem sair de São Pedro da Serra – Roteiro longo, de cerca de 30km. Partindo da praça do Coreto faça tudo o que está indicado no roteiro 2 (Bocaina dos Blaudts) até o pocinho da Bocaina. Ali, em vez de retornar, siga em frente, passando por um pequeno trecho de asfalto em subida bem íngreme. É o começo da estrada que leva região conhecida como Sibéria. É um mergulho no verde até chegar ao fim do percurso, na RJ-142. Ali, você pode optar por voltar pelo mesmo caminho, esperar o ônibus para São Pedro da Serra, ou pegar uma outra estrada de chão, do lado oposto da RJ-142 e ir conhecer Galdinópolis. Até a Cachoeira Branca, por exemplo, seriam 4km de ida e o mesmo de volta à RJ.